Como funciona a Indústria 4.0?
Um novo conceito desponta na indústria e propõe a inovação tecnológica como ferramenta de melhoria na gestão de recursos e aumento na lucratividade das empresas.
Um dos maiores desafios para a evolução dos processos industriais é a combinação de processos de produção, demanda e lucratividade.
A chamada 4ª Revolução Industrial vem para auxiliar toda a cadeia de produção, para desenvolver a criação estratégica e diminuir efetivamente impedimentos operacionais.
Como funciona a 4ª Revolução Industrial?
A tecnologia mudou a sociedade. Além da facilidade de comunicação, atualmente há a velocidade da informação, a urgência de decisões e as ações estratégicas instantâneas.
A 4ª Revolução Industrial propõe um sistema que usa a inteligência de dados, novas tecnologias e uma mudança estratégica da hierarquia de comando. O objetivo principal dessa última geração é incorporar tecnologias, disponibilizando-as em formatos diferentes a fim de suprir as novas necessidades das organizações industriais.
Para entender melhor como essa revolução influencia o mercado como um todo e também a sua propensão de inovação do setor industrial, é preciso lembrar outros marcos da indústria.
As Revoluções Industriais
A 1ª Revolução Industrial aconteceu no século XVII com o surgimento das máquinas a vapor. Essa tecnologia proporcionava maior velocidade e exigia menor força humana, alterando completamente a produção de bens da humanidade.
A chamada linha de montagem criada por Henry Ford no século XX protagonizou a 2ª Revolução Industrial. Esse modelo ainda continua vigente em muitas companhias, utilizando um processo único e contínuo, cujo objetivo é apenas produzir mais no menor tempo possível. Esse marco histórico proporcionou a migração e a concentração de pessoas em áreas urbanas.
A 3ª Revolução Industrial aconteceu em meados da década de 70 com a automatização da cadeia produtiva. Máquinas passaram a participar da produção, aumentando sua velocidade e quantidade. A robótica começou a se desenvolver tanto para participar dos processos industriais quanto para criar produtos tecnológicos cada vez mais sofisticados.
O termo 4ª Revolução Industrial, ou indústria 4.0, surgiu pela 1ª vez em 2011. Sua origem é um projeto alemão de estratégia de alta performance.
Afinal, o que é a indústria 4.0?
A indústria 4.0 é o conjunto de interações entre a tecnologia e as decisões humanas com foco em alta performance. Sistemas de Big Data, inteligência artificial, internet das coisas, orientação a serviços, conectividade entre os equipamentos e modularidade dos processos são itens que configuram essa nova revolução.
Confira os principais aspectos dessa revolução tecnológica:
Cloud Computing:
A virtualização permite que todos os processos possam ser monitorados e mensurados remotamente. A rastreabilidade é uma das principais vantagens de manter os dados à disposição em ambientes virtuais.
Real Time:
Com a virtualização, as ações em tempo real permitem maior flexibilidade e maior controle sobre a produção.
Arquitetura orientada a dados:
Também conhecida como SOA, a orientação a serviços permite obter dados de todas as áreas e integrá-los em um único ambiente. Essa integração permite a conexão com múltiplos dispositivos, permitindo maior controle com o uso de loT.
Descentralização:
Descentralizar é um dos maiores desafios das fábricas inteligentes. Descentralizar comandos, operações, processos e produções. A mudança requer que cada módulo seja auto suficiente para ser gerido individualmente. Uma maior velocidade em tomadas de decisões propõe um menor controle top-down e um maior poder estratégico de cada módulo.
Modularidade:
A modularidade representa o paralelismo de produção. Cada módulo é responsável por sua produção e gestão, permitindo a customização on demand de produtos. A flexibilidade é um dos principais highlights da indústria 4.0, possibilitando assertividade e controle de custos.
A indústria 4.0 está pronta para revolucionar a economia e a produção industrial. Para países emergentes como o Brasil, a indústria 4.0 pode auxiliar no crescimento econômico com uma produção mais estratégica, com menores riscos e maior valor de mercado.
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